EXISTE UM BRASIL PERFEITO

                Existe um Brasil diferente desse que todos conhecemos. Um Brasil onde tudo dá certo. E não, não é um país utópico, ele existe mesmo. E faz tempo.

                Nesse Brasil, os professores são felizes pois recebem um salário digno e trabalham em ambiente limpo, bem estruturado e com alunos, em quantidade certa por sala de aula, que o respeitam. Impulsionados por isso, têm disposição para passar o ensino básico com muito mais vigor. O resultado são alunos preparados para fazer o país crescer mais ainda. Saem do Ensino Médio já preparados para o Exame Nacional do Ensino Médio. Que loucura, né?

                Aqueles que pretendem ir mais afundo no estudo das ciências entram em universidades, públicas ou privadas com grande incentivo do Estado. Muitas tecnologias foram aprimoradas por aqueles que passaram por estes centros universitários e revoluções tecnológicas, como o carro elétrico dominando a frota do Brasil, já são realidade.

                Essa educação de alto nível no Brasil teve ótimas consequências como um sistema de saúde quase perfeito, gratuito e eficaz. As consultas, os exames, as perícias e as cirurgias acontecem muito rápido.

Outro resultado é a segurança. A desigualdade social é quase zero, a pobreza e a marginalização foram quase erradicadas. A sociedade é livre, justa e solidária, está garantida a dignidade da pessoa humana. Com tanto equilíbrio, a empatia reina. Não é preciso roubar, a sociedade garante o desenvolvimento de cada cidadão. Aqueles que ainda insistem em cometer delitos, vão para instituições que preservam sua dignidade. Os assassinos não ficam misturados com os ladrões de galinha, os jovens ficam separados dos bandidos mais experientes. A educação e as crenças são asseguradas nestas instituições prisionais e o ex-presidiário consegue se reintegrar completamente à sociedade. Logo, as taxas de criminalidade são mínimas e os policiais apenas têm o trabalho de manter a paz. As páginas policiais dos jornais são risíveis.

É lindo ver como a cultura indígena e afro-brasileira está protegida com políticas públicas fortes e um bom entendimento da sociedade quanto à sua importância. Aliás, outra coisa que o Estado garante é o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional. Os bens culturais nacionais provindos da enorme diversidade étnica são valorizados e muito bem resguardados, mantendo intacta a identidade nacional. Toda essa cultura tem acesso democrático, não é privilégio de poucos mais abastados.

Não há qualquer tipo de discriminação quanto à raça ou etnia, sexo e deficiência física ou mental, o Estado penaliza com punho forte este tipo de preconceito. Isso é facilmente percebido nos salários iguais entre homens e mulheres ou em acesso facilitado para deficientes físicos em todos os locais de circulação pública. E como é linda a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. Essa história de ficar horas esperando um ônibus adaptado aparecer para o cadeirante poder se locomover pela cidade não existe. Os semáforos são adaptados para os cegos e todos os serviços públicos têm intérpretes para os que possuem deficiência auditiva.

A população respira um ar leve, já que o Estado protege o meio ambiente e combate a poluição em qualquer de suas formas, além de preservar as florestas, a fauna e a flora.

O povo tem muito poder. Todo o poder emana do povo e os representantes eleitos pensam no povo antes de pensarem em si mesmos. Os poucos corruptos que restaram são severamente punidos e sentem vergonha de seus atos. Isso porque a justiça preza pela celeridade e pela imparcialidade, ninguém leva vantagem por ter algum tipo de poder fantasioso sobre a massa.

Enfim. Esse Brasil parece distante, não é? Mas ele existe há quase trinta anos, quando os representantes do povo brasileiro instituíram um estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. Isso tudo com a proteção de Deus, apesar da laicidade do Estado.

Esse país desenvolvido e exemplar é a República Federativa do Brasil, descrita na Constituição Federal de 1988.